quinta-feira, novembro 30, 2023
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Startup da UFRN é vencedora do Prêmio Mulheres Inovadoras

Um grupo de mulheres apaixonadas pela ciência e motivadas a melhorar o mundo venceu o Prêmio Mulheres Inovadoras, uma iniciativa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

startup MicroCiclo Biotecnologia LTDA, formada por pesquisadoras vinculadas ao Centro de Biociências (CB/UFRN) e ao Laboratório de Biologia Molecular e Genômica, desenvolveu um tratamento de resíduos oleosos com uso de microrganismos.

A premiação faz parte de uma ação da Finep para estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional. Para tanto, a instituição vem promovendo capacitação e reconhecimento de empreendimentos que possam favorecer o crescimento da competitividade brasileira.

Fundada em 2019, a startup apresenta um método pioneiro no Nordeste, desenvolvendo produtos compostos por bactérias não patogênicas e degradadoras de frações do petróleo (diesel, gasolina, óleos lubrificantes que são tóxicos à saúde humana e ambiental). A MicroCiclo possui a missão de ressignificar o procedimento de resíduos usando a ciência como maior aliada.

Lucymara Fassarella, cofundadora da empresa e professora do Departamento de Biologia Celular e Genética (DBG/UFRN), explica que o maior objetivo da MicroCiclo é levar para o mercado uma solução verde, ecologicamente amigável, que permita o tratamento de resíduos oleosos gerados em diferentes setores industriais, contribuindo para mitigar problemas ambientais causados pela atividade industrial. Além disso, o tratamento desses resíduos pode levar ao reaproveitamento de água, favorecendo a economia circular.

“Toda premiação é um reconhecimento do trabalho que tem sido feito. Esse edital em específico é para premiar mulheres inovadoras e possui um charme especial, pois evidencia como as meninas do projeto estão no caminho certo. Isso também serve como um grande incentivo para que as pesquisadoras continuem trilhando os caminhos difíceis do empreendedorismo no Brasil”, ressalta Lucymara.

Cientistas e membros da startup MicroCiclo Biotecnologia LTDA. Foto: Cícero Oliveira

De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as mulheres constituem 43,7{b2ea2051b663ce630b341aaee7f8d16d07d69a19186d868a7d635eb2b503dea9} dos pesquisadores em ciência no Brasil. Em nível mundial, esse valor desce para 30{b2ea2051b663ce630b341aaee7f8d16d07d69a19186d868a7d635eb2b503dea9}, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Durante muitos anos as mulheres foram colocadas à margem na construção de conhecimento científico.

Entretanto, a equipe MicroCiclo se diz otimista com o cenário atual de crescimento das mulheres em cargos de liderança nesse campo. “Observamos com alegria um movimento forte de mulheres cientistas e empreendedoras. Durante a aceleração do Edital Mulheres, conhecemos muitas outras empreendedoras e cientistas espalhadas em todas as regiões do Brasil, propondo ciência e inovação com impacto social, ambiental e econômico”, declara Kamilla Silva-Barbalho, diretora de tecnologia da empresa.

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