Projeto coordenado pelo professor Bismarck Luiz Silva, do Departamento de Engenharia de Materiais (DCEM), em parceria com a Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA), desenvolveu um modelo de cadeira de rodas que pode custar apenas 10{b2ea2051b663ce630b341aaee7f8d16d07d69a19186d868a7d635eb2b503dea9} do preço comercial. A proposta foi debatida com a equipe da Diretoria de Material e Patrimônio (DMP/DCEM), representada pela chefe do setor, Adriene Tramontin, a partir da coleta de materiais descartados e sem uso na Universidade.
Bismarck procurou associar pranchas de cadeiras de plástico e cadeiras de roda em situação de descarte, enviadas pelas unidades de saúde ao DMP, tendo como propósito inicial incentivar a criatividade profissional dos alunos. A iniciativa do professor busca vincular as áreas de engenharia e acessibilidade, providenciando vivências significativas no âmbito acadêmico ao recrutar um grupo de alunos diferentes a cada período letivo desde o segundo semestre de 2021.
“É importante ressaltar ainda que o senso de dever, empatia e responsabilidade em relação à temática é encorajado não apenas na prática como na teoria, em palestras e oficinas promovidas pelo departamento em conjunto com o secretário da SIA, Francisco Ricardo Lins, como o evento Engenharia e Acessibilidade: Oficina de Escrita em Braille, que ocorreu no início do mês de outubro”, destaca o professor Bismarck.
Além do processo de construção da cadeira de rodas a partir do reúso de materiais, a equipe envolvida evidencia também a questão financeira. Atualmente, o preço desse tipo de produto no mercado gira em torno de R$ 3.300,00 enquanto a previsão para a cadeira reestruturada fica por volta de R$ 300,00, 90{b2ea2051b663ce630b341aaee7f8d16d07d69a19186d868a7d635eb2b503dea9} mais barato, permitindo economia para a Universidade e, quem sabe, um futuro público externo.

No momento não há previsão de disponibilização do produto para o mercado, mas o trabalho continua. O próximo passo do grupo coordenado por Bismarck é equipar o DCEM com sinalização tátil, algo que já ocorreu no prédio do Centro de Tecnologia (CT/UFRN), e seguir com projetos de pesquisas e ações na área, promovendo ações que estimulem a conscientização da Universidade em relação à inclusão e à acessibilidade.