CPI da Covid aprova convocar ex-mulher de Bolsonaro

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RJ - ELEI«’ES 2018/BOLSONARO/EX-MULHER - POLÕTICA - A advogada Ana Cristina Valle, de 51 anos, ex-mulher do candidato do PSL ‡ PresidÍncia da Rep˙blica, Jair Bolsonaro, negou nesta quarta-feira, 26, ter acusado o ex-marido de ameaÁ·- la de morte, como consta de um documento interno do Itamaraty. "Numa separaÁ„o sempre h· tensıes, mas jamais falei aquilo, nem meu (atual) marido falou. N„o faÁo ideia de como surgiu essa histÛria", disse ela em sua casa, em Resende, no sul fluminense. 26/09/2018 - Foto: F¡BIO MOTTA/ESTAD√O CONTE⁄DO

A CPI da Covid aprovou hoje convocar uma das ex-mulheres do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Ana Cristina Valle, para que preste depoimento aos senadores sobre indícios de relação dela com o suposto lobista Marconny Albernaz de Faria.

Marconny é ouvido em oitiva hoje pelos senadores. Ele negou ter negócios com Ana Cristina e disse conhecê-la por meio de Jair Renan, filho dela com Bolsonaro.

No entanto, os parlamentares afirmam contar com troca de mensagens que apontam suposta atuação dela a pedido de Marconny.

“Mensagens eletrônicas extraídas de aparelho celular em posse desta Comissão Parlamentar de Inquérito indicam que, a pedido do lobista Marconny Faria, a senhora Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do atual presidente da República, entrou em contato com o Palácio do Planalto para exercer influência no processo de escolha do Defensor Público-Geral Federal junto ao então ministro da Secretaria Geral da Presidência e atual ministro do TCU, Jorge Oliveira”, diz trecho do requerimento de convocação de Ana Cristina, apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

O senador afirma que as mensagens fazem parte de material sob sigilo enviado pelo Ministério Público Federal no Pará obtidas em investigação sobre o desvio de recursos públicos em órgão ligado à pasta da Saúde.

Marconny Faria é tido por senadores da CPI como lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou negociação da compra da vacina indiana Covaxin com o Ministério da Saúde. Após denúncias de uma série de supostas irregularidades, o contrato acabou cancelado pelo governo federal.

Para Alessandro Vieira, a “relação próxima [de Marconny] com a ex-esposa do senhor Jair Bolsonaro deve ser amplamente esclarecida, com vistas a examinar potencial atuação ilícita de ambos no contexto da pandemia”.

O suposto lobista disse que ajudou Jair Renan a “criar uma empresa de influencer” e o apresentou a um colega tributarista que poderia auxiliá-lo.

“A Cristina eu conheci pelo filho e o Jair, como já tinha falado, eu conheci por amigos em comum logo que ele chegou a Brasília”, disse.

Fonte: UOL