O advogado Frederick Wassef, que representa o presidente Jair Bolsonaro, negou as acusações de que o seu cliente teria sido operador em esquema de rachadinha durante mandatos como deputado federal entre 1998 e 2006.
Gravações obtidas pelo UOL, em coluna da jornalista Juliana Dal Piva, mostram a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente, contando um suposto episódio em que Bolsonaro teria demitido o irmão dela, André Siqueira Valle porque ele se recusou a entregar a maior parte do salário de assessor do então deputado federal.
De acordo com Wassef, a denuncia é parte de “uma antecipação da campanha eleitoral de 2022” e os adversários de Bolsonaro estariam “usando todos os artifícios e artimanhas para atingir a honra, imagem e reputação do presidente da República e de sua família”.
O advogado afirmou ainda que nunca existiu qualquer caso de rachadinha no gabinete de Bolsonaro e que quaisquer pessoas que alegam esses fatos estão mentindo ou narrando fatos inverídicos”.
A ex-cunhada do presidente é um dos alvos da investigação no caso das “rachadinhas” do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Ela teve os sigilos bancário e fiscal quebrados por pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
No fim de 2020, Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz foram denunciados pelo MP-RJ por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Bolsonaro pode ser enquadrado no crime de peculato, que consiste em empregar pessoas como assessores e receber de volta a maior quantia do salário pago pelos cofres públicos.
Fonte: EM